TUTORIAL

segunda-feira, 27 de julho de 2015

MARCHA DO ORGULHO CRESPO| EMPODERAMENTO


     (Grafitti @thainaindia /Foto: Thereza Morena)

Ontem foi um grande dia para mulheres, homens e crianças que cultivam os fios naturais de seus cabelos, assumindo sua beleza natural. Seja ele preto todo preto, preto meio branco, branco meio preto, branco preto e meio. O importante é saber quem você é, e lutar para que isso um dia se torne real.

Na primeira Marcha do Orgulho Crespo que saiu do vão do Masp em direção a Casa Amarela podemos observar uma diversidade de cores, estilos, texturas, formas, força e resistência. É a identidade do afrobrasileiro falando mais alto que qualquer olhar racista, recalcado e opressor.
     (Foto: Cris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo)

Temos falado muito sobre empoderamento, que vem do inglês empowerment. Vamos a uma rápida definição do termo. Se tens preguiça pelo saber pule quatro parágrafos adiante.

O texto abaixo refere-se as obras de Paulo Freire.

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               Retirado do arquivo de Leila de Castro Valoura("Leila Kaas")

Acredite, isso tudo é tão novo e confuso para mim quanto para você. A questão é que, depois que descobrimos que existe essa potência fervilhando dentro de nós é bem difícil fingir e fugir. E quando fugimos estamos também mentindo. E como se olhar no espelho e perceber que você mente para si mesmo, por que acha mais fácil fugir que lutar por algo que é seu por direito!?

A marcha de ontem foi um pouco disso. Descobrir que a nossa beleza é orgulho, e que desse orgulho extraímos uma força maior para descobrir o nosso verdadeiro valor dentro da sociedade. Valor que foi esquecido no tempo, mas que aos poucos marchamos em direção a essa tão sonhada liberdade. 

Ontem foi um desfile de auto-estima, identidade, estilo, empoderamento e vontade de ser e estar. "To be or, not to be". Meu amô a mulherada tava na potência dos 230, representando, tombando e sendo linda!

Stands de marcas brasileiras inspiradas na cultura africana que tendenciam o mercado sim, nós também criamos e consumimos. Rostos que hoje refletem com orgulho o espelho para o povo preto. Roupas style, cabelos ousados, muita ousadia e inteligência para debater sobre as questões. Cultura pop, referências das ruas, de africa. Muitos turbantes, bocas coloridas, tranças que davam uma volta e referenciava essa arte da cabeça aos pés. 
     (Foto: Cris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo)

Ver os pitoquinhos, cacheados, carecas, carapinhas, turbantados, black power me dá tanta força e me faz ficar de pé, por todas as vezes que eu vi um ato racista ou opressor. Porque se eu não marchar hoje, esses pitocos não terão chance alguma amanhã.

Por isso eu digo Oh, Lord! Abram caminho que eu estou passando.

É isso, bjos e #VaiTrazendo







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